sexta-feira, 16 de novembro de 2012

RetomandO.. =)



Ah, que saudade desse blog! Rs.. Muito tempo não apareço por aqui.. O tempo tem voado e não tem dado espaço pra que eu venha postar.
Mas agora estarei escrevendo com mais frequência e pra começar quero deixar uma reflexão aqui que não é minha, mas que diz bastante do que tenho visto hoje em dia e traduz exatamente aquilo que a igreja tem vivido.

Espero que sejam muito abençoados e edificados!

Beijos,

Gabi.




Eu gosto muito do Israel Houghton... Já faz alguns anos ele é um das minhas referências musicais mais importantes, primeiro por ser um excelente músico, cantor, arranjador e produtor, segundo por fazer de suas ministrações o que eu considero um exemplo excelente de equilíbrio no ambiente de adoração.

Como assim...? Simples, vou explicar!

Música dentro da igreja sempre foi um assunto alvo de muitas discussões acaloradas entre os Cristãos. Não quero mesmo entrar nessas discussões, mas é fato que a música dentro da igreja melhorou em qualidade sonora, em recursos. Quem já tem um tempinho de caminhada com certeza lembra disso: instrumentos sem qualidade, desleixo com a sonorização dos templos... Enquanto a música secular avançou nos anos 80, a música dentro da igreja evoluía lentamente. Hoje temos "escolas de ministros", profissionais especializados em atender o público "gospel" e as necessidades dos templos, o recursos da música pop assim como a tecnologia para produção e música ao vivo estão ao alcance das igrejas. Muito legal mesmo!

No entanto alguns valores antigos ao meu ver estão sendo esquecidos. Bons valores. 
O louvor congregacional, aquele em que a igreja é instigada pelo Espírito Santo a louvar em comunhão com os outros irmãos:

"Como é precioso irmão estar bem junto a ti, e juntos lado a lado andarmos com Jesus. 
E expressarmos o amor que um dia Ele nos deu..."

Eu lembro da minha infância quando cantávamos canções que nos levavam a adorar a Deus em comunhão.. Cantávamos letras de louvor que falavam na primeira pessoa do plural (nós), e quando a letra estava na primeira pessoa do singular (Eu) o dirigente conduzia a igreja a cantar o "nós"... Risos... As vezes não dava muito certo, mas... Era tão bom que ninguém percebia! Mesmo que as canções falassem "eu" ou "nós", havia algo que fazia com que o clamor fosse do povo de Deus.

Mas as melhores músicas eram e sempre serão aquelas que adoravam Deus, o Filho... 
O Espírito Santo!

"A Honra, a Glória, a Força, e o poder ao Rei Jesus..."

Sabe... Existe alguma coisa escrita sobre a modernidade (pra alguns autores é o termo que identifica o tempo presente), onde alguns fenômenos sociais e antropológicos interessantes são notados.

Mais uma vez não vou me ater a nenhuma discussão teológica, embora seja bem cabida aqui, mas o fenômeno que explica o comportamento egocentrista do homem atual está na bíblia e não precisa de muita coisa pra ser decifrado. Veja esse dois versículos:


"Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, (...)" 2 Timóteo 3:2

"E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará." Mateus 24:12
Vivemos isso ai... Esses textos falam de tempos futuros que creio vivermos hoje! 


Agora, juntando as coisas...

O tempo que vivemos hoje tem determinado a forma pela a qual estamos lidando com Cristo. Simplificando... O mundo nos empurra para atentarmos mais para nossas necessidades e isso (percebo eu e mais alguns) tem refletido na nossa adoração.

O que é adoração? Em termos diretos é a forma de vida do crente em Jesus Cristo que agrada a Deus. Não é só na música, mas nota-se que hoje em dia as pessoas tem cantado para Deus mais sobre elas mesmas! Deus sabe quem nós somos e há o momento de nós nos expormos diante d'Ele.

O que tenho percebido diretamente em relação a música é que o caráter congregacional das canções tem sido substituidos por um continuo apelo dos homens pelas sua fraquezas, sua necessidades. É como se estivéssemos reunidos como povo de Deus, mas "adorando" cada um do seu jeito, atentando apenas para os desejos dos próprios corações.

Isso desperta algo perigoso... A adoração emocional. Não é difícil entender isso também. Racional é diferente de Emocional. Daria pra escrever um tratado sobre isso, cientificamente falando...

A emoção busca satisfação imediata, razão busca o benefício continuo e constante. Isso acontece por causa de uma série substancias liberadas no cérebro quando essas áreas, que são independentes, são estimuladas e fazem nosso corpo reagir. Já foi comprovado que existe uma luta entre razão e emoção em nossas mentes.


Pra não ficar apenas no curto entendimento científico o texto bíblico comprova:

"Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional." Romanos 12:1

Não resta 
dúvida que esse texto confirma cabalmente que nossa adoração deve ser a nível de razão, ao compreendermos aquilo que estamos fazendo, para quem estamos fazendo e com que finalidade estamos fazendo. A adoração não deve ser pautada nas emoções, pelo contrário... De acordo com o texto o que determina a vontade do nosso corpo deve ser sacrificado isso inclui nossas emoções que busca a satisfação a curto prazo e ponto.

O resultado disso é bem definido em uma frase que o Ap. Ezequiel Teixeira sempre fala:
"A igreja de hoje em dia tem a largura e o comprimento de um oceano, com a profundidade de uma piscina".

Enquanto nós, o povo de Deus, não pararmos de adorar ao Senhor da forma que achamos melhor, expondo sempre apenas as nossas dificuldades e necessidades, vamos fazer pouca diferença para as pessoas que estão esperando a manifestação dos Filhos de Deus.

Voltando a música... Tenho saudades de algumas coisas que tem se perdido com tanta inovação. Nada contra a inovação (eu gosto muito delas, de verdade), mas hoje temos tantos recursos, parece que não temos utilizado tão bem.



Pra finalizar a reflexão...

Lembrei da passagem em que o Rei Davi intentou trazer a Arca do Concerto para Jerusalém (I Cr. 13, e I Cr. 15).

Davi era um adorador e queria trazer a Arca para Jerusalém (a arca simbolizava a presença de Deus e a benção). Ele escolheu a melhor carruagem da época e mesmo assim o Senhor não permitiu que a arca viajasse. Davi ficou triste e no capítulo 15 percebeu o erro que cometera: a arca do Senhor deve ser levada da forma que DEUS determina e não pela forma que o HOMEM acha melhor.

Não parece o que estamos falando sobre música e adoração? As vezes nos importamos demais com os meios, com o espetáculo, com a beleza, com aquilo que nos agrada ao louvarmos a Deus, mas o que importa é como Deus quer se adorado. O modo é Ele quem determina!

Nossa adoração deve estar voltada para o nosso Senhor e salvador Jesus Cristo, e importa que O adoremos em Espírito e em Verdade (segundo as palavras de Jesus em Jo. 4:24). Precisamos deixar Jesus no centro e não nossas fraquezas e necessidades. Precisamos estar como igreja com os corações voltados para isso para que a presença de Deus chegue até nós, assim como Davi fez com que a arca chegasse ao coração de Israel.

O legal é que Davi não desistiu e descobriu que para ter a presença de Deus perto dele, precisava fazer do jeito que o Senhor determinou. O texto é bem rico... tem muita coisa legal pra tirar de lá no que diz respeito a louvor, adoração e música na igreja.


Do início... Assim como do Israel Houghton, gosto de músicas que levem a igreja a adoração, sem peso, sem pressão, mas naturalmente inspirados pelo Espírito de Deus. O importante é buscar em Deus o equilíbrio no que diz respeito ao louvor dentro dos templos, buscando no Espírito o discernimento do ambiente.

Acho que já escrevi demais... Fica aqui um abraço pra você que possa estar lendo, ok?!

Que essa reflexão mexa com o seu coração, assim como mexeu com o meu!

Jonatan Sant'ana